You Gotta Be...

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Precisar de ninguém...


Sempre fui caracterizada de desenrascada, independente, e até individualista.
Sempre me senti bem com essa condição. De alguém que se desenrasca sozinha, que não precisa de ninguém. Que consegue safar-se sozinha, que sabe conviver consigo própria, até na solidão, que não se importa de almoçar sozinha (ou cuja engrenagem cerebral e respectivo ruído não é ensurdecedor).
Ultimamente dou comigo a pensar que não deveria ser tão independente, tão auto-sustentável, tão desenrascada sozinha.
É bom precisar de alguém. Quando não precisamos, sentimos que a necessidade de estar com alguém ou falar ou desabafar é dar trabalho alguém. É algo que exigimos a mais de outra pessoa, uma vez que deveríamos, supostamente, ser auto-sustentáveis...
No gosto de ser necessária aos outros, gosto que os outros precisem de mim e eu possa estar lá para ajudar. Sinto-me, até, honrada com essa possibilidade. De ser útil a alguém. No entanto, sou orgulhosa ao ponto de não querer pedir ajuda, de sentir que não preciso, porque chego lá sozinha. Melhor ou pior. Que raio de orgulho... :/
É o tipo de orgulho que afasta os outros. Principalmente se forem como eu. Ainda bem que o não são. E sabem que estou para eles...
Alguns também sabem, sem que eu o diga, que preciso de ajuda. É muito bom que exista, na nossa vida, quem nos conheça a esse ponto.

Pelos primeiros e pelos segundo não viro (novamente a expressão) bicho do mato!

segunda-feira, janeiro 02, 2012

"Há muitos bichos no mato"

Realmente, deverão existir "mais bichos no mato".
Afinal não sou assim tão estranha ou rara, que esteja isolada do resto do mundo!

Raros são, cada vez mais, os momentos em que acredito nisto. Eis-me aqui, em vias de extinção?!

Não consigo perceber se esta solitude é o resultado de não me encaixar em ninguém ou de uma postura mais rigorosa, por tentar preservar alguns valores.
Parece-me que, hoje em dia, a ordem com que as coisas anda trocada. E isso troca-me as voltas.

Pois troquei as voltas do meu tempo, para que eu deixasse de andar em contra-tempo. E agora espero que o tempo chegue!

Espero? Desespero? Ou devo começar a correr?

Gostava, simplesmente, que no meu andar alguém me acompanhasse, e eu a alguém. Mas enquanto consigo caminhar...