You Gotta Be...

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Precisar de ninguém... Parte II

Depressa muda, esta capacidade de estar sozinha, de ser independente, de não precisar de ninguém...
Basta abraçar a vontade de estar com alguém, e tudo muda.
Ficamos desiquilibradas, sensíveis, carentes, desconcentradas!
É que quando se espera obter algo de alguém, se esse algo não chega quando, como e na medida em que esperamos pensamos que é mais fácil, realmente, não precisar de nada disto!

Entretanto, aqui ando, a tentar equilibrar os pratos da balança - Razão vs Emoção...

quarta-feira, janeiro 18, 2012

Precisar de ninguém...


Sempre fui caracterizada de desenrascada, independente, e até individualista.
Sempre me senti bem com essa condição. De alguém que se desenrasca sozinha, que não precisa de ninguém. Que consegue safar-se sozinha, que sabe conviver consigo própria, até na solidão, que não se importa de almoçar sozinha (ou cuja engrenagem cerebral e respectivo ruído não é ensurdecedor).
Ultimamente dou comigo a pensar que não deveria ser tão independente, tão auto-sustentável, tão desenrascada sozinha.
É bom precisar de alguém. Quando não precisamos, sentimos que a necessidade de estar com alguém ou falar ou desabafar é dar trabalho alguém. É algo que exigimos a mais de outra pessoa, uma vez que deveríamos, supostamente, ser auto-sustentáveis...
No gosto de ser necessária aos outros, gosto que os outros precisem de mim e eu possa estar lá para ajudar. Sinto-me, até, honrada com essa possibilidade. De ser útil a alguém. No entanto, sou orgulhosa ao ponto de não querer pedir ajuda, de sentir que não preciso, porque chego lá sozinha. Melhor ou pior. Que raio de orgulho... :/
É o tipo de orgulho que afasta os outros. Principalmente se forem como eu. Ainda bem que o não são. E sabem que estou para eles...
Alguns também sabem, sem que eu o diga, que preciso de ajuda. É muito bom que exista, na nossa vida, quem nos conheça a esse ponto.

Pelos primeiros e pelos segundo não viro (novamente a expressão) bicho do mato!

segunda-feira, janeiro 02, 2012

"Há muitos bichos no mato"

Realmente, deverão existir "mais bichos no mato".
Afinal não sou assim tão estranha ou rara, que esteja isolada do resto do mundo!

Raros são, cada vez mais, os momentos em que acredito nisto. Eis-me aqui, em vias de extinção?!

Não consigo perceber se esta solitude é o resultado de não me encaixar em ninguém ou de uma postura mais rigorosa, por tentar preservar alguns valores.
Parece-me que, hoje em dia, a ordem com que as coisas anda trocada. E isso troca-me as voltas.

Pois troquei as voltas do meu tempo, para que eu deixasse de andar em contra-tempo. E agora espero que o tempo chegue!

Espero? Desespero? Ou devo começar a correr?

Gostava, simplesmente, que no meu andar alguém me acompanhasse, e eu a alguém. Mas enquanto consigo caminhar...

sábado, dezembro 31, 2011

Regresso e resolução para o novo ano...

Regresso, passados mais de 5 anos, ao You gotta Be por uma necessidade imensa de escrever o que sinto, sem que o "escarrapache" para todo o mundo, no facebook.

Na verdade é porque sinto que "não tenho sido" tudo o que devia e podia ser.
You gotta be bold...strong...wise... tough... e tudo, e tudo...

Nos últimos dias do ano é quase impossível não fazer um balanço, ainda que inconsciente, do ano que está a acabar, do que queremos mudar em nós, do que gostaríamos de atingir no ano que se aproxima.

E sinto, muito intensamente, que tenho que mudar muita coisa em mim. Tenho que sair do meu quadrado, da minha zona de conforto, tenho que arriscar, não me preocupar com o que os outros pensam se faço assim ou assado e arriscar!

Na verdade este ano até arrisquei. Então porque sinto que não o faço?
Em 2010 sentia que o ano de 2011 seria um ano de mudança. E por isso aceitei um novo desafio. Acabei por sentir que a mudança não era por ali e dei um passo atrás.
Foi-me apresentado um novo desafio que, uma vez mais, aceitei sem saber muito bem no que me metia. Na verdade, arrisquei. Aceitei mudar de vida - sentia, já há algum tempo, que precisava de o fazer - mudar de casa, arrisquei ficar a mais de 200 km de tudo o que tinha.
Acreditei que a mudança seria boa para ter mais tempo para mim. Afinal, deixaria de ter as "actividades regulares" que me ocupavam o tempo e o coração...

Mais de 3 meses passaram e o que mudou? Bem, tenho muito mais tempo, que tenho usado apenas para trabalhar. Ainda me sinto numa fase de adaptação e a tentar orientar-me no meio de tanta informação que preciso de saber e novas responsabilidades.
O projecto que queria (e quero) levar avante ainda não arrancou. E tento perceber se o facto de ter estado até agora alojada no hotel é desculpa que dou a mim mesma para minha falta de iniciativa ou uma razão legítima...

Ano novo, vida nova!
Vi, há 2 dias, o filme, no cinema. Sozinha. Um filme dirigido a quem acredita em resoluções de novo ano, em quem acredita no acreditar!

Vou começar o novo ano numa nova casa. Espero também inscrever-me num ginásio e arrancar com o projecto pessoal.

A nova casa irá acontecer amanhã, se não existirem mais impedimentos!
E o ginásio e o projecto pessoal é meter mãos à obra.
Será que vou, realmente, meter mãos à obra no momento em que estiver instalada?
Ou vou arranjar outra desculpa?!
Resolução para o ano ano - Mexer-me! Em todos os aspectos - fazer exercício e ter atitudes!

Como disse uma grande amiga num blogue aqui ao lado, há uma diferença entre dizer "gostava de fazer" e "quero fazer". E eu não quero, não posso, ficar pelo "gostava de"...

C.



quinta-feira, outubro 26, 2006

Tudo sobre rodas...

Choque de comboios no Egipto provocou 58 mortos (21/08); Pelo menos dez mortos num choque de comboios em França (11/10); Acidente com "ferry" no Bangladesh faz pelo menos 15 mortos (23/10); Colisão no metro de Roma fez um morto e 110 feridos (17/10)

Não sei porquê, mas estas notícias foram ficando "registadas" na minha cabeça. Cada vez que as ouvia, pensava em há quanto tempo não oiço notícias sobre choques entre comboios em Portugal... e fui ver. Pois as notícia mais antigas que encontrei são de 1987! TRAINS CRASH IN PORTUGAL (Maio 1986) e Portugal Train Crash Kills 5 (Set 1987).

É comum ouvir falar em como o país vai mal, mas não quero entrar por aí. Já se fala do mal o suficiente.
Acho admirável (bem, não devia ser admirável, devia ser mesmo o normal...) que há 20 anos que não se oiça falar de choques de comboios em Portugal. É verdade que existem outros, nos quais não existem culpados (!), é verdade que continuam a morrer pessoas e crianças nas linhas de comboio, mas quis apontar esta curiosidade.
Ouvi mesmo dizer que o sistema de controlo dos comboios é dos melhores e a pontualidade também, em comparação com outros países.

Afinal, nem tudo vai mal! É bom saber.

quarta-feira, outubro 18, 2006

you gotta be... lazy!

Pois é... tenho estado muito preguiçosa! Isto acaba por ser, não um blog, mas um "quase blog", pois blogo muito pouco.

Um mail recebido a avisar que tinha um novo comment relembrou-me que tinha um blog. E vou ver se ponho novamente mãos à obra. Não que esteja à espera de ter "publico", mas sempre é um local onde nos podemos dar a conhecer, e às nossas opiniões e sensibilidades sobre o mundo que nos rodeia.
Voltei!

segunda-feira, maio 29, 2006

Ver com os ouvidos...

Um destes sábados, ao ir trabalhar, tive uma viagem até ao "Oriente" muito diferente. Ao contrário da habitual correria para o comboio, eram poucas as pessoas que se dirigiam para a estação da CP, o que me permitiu reparar num invisual que caminhava cuidadosamente pelo passeio. Estando já perto da Estação, questionei se ía para a Estação e se podia ajudar. (Não tenho normalmente esta iniciativa, fico perdida em pensamentos como "e se a oferta da ajuda faz a pessoa sentir-se ainda mais diminuida...?" e outros que tais) Naquele dia, não pensei sequer. Aceitou alegremente a minha oferta de ajuda e iniciámos uma conversa. Contou sobre acidentes que acontecem, pois a bengala não "sente" tudo. Os perigos (para quem não tem limitações visuais não o são) são vários e podem levar a acidentes gravíssimos... Andaimes com ferros salientes, buracos no chão, pilares ("anti-estacionamento")... "Já bati muitas vezes com a cabeça", dizia. Felizmente nunca teve nenhum acidente mais grave que o levasse ao hospital.
Para além dos acidentes, há depois os episódios "engraçados". Perguntar a um vulto (pela sombra que "sente" se aquela rua é a X, e após a resposta muda, aperceber-se que o vulto é o tronco de uma árvore; ou numa dependência bancária colocar-se no final da fila (que sentiu com a bengala) mas quando a fila não avança aperceber-se que é uma coluna... Foi bom saber que, apesar da revolta inicial há depois uma postura bem disposta, que permite passar por cima destas adversidades.
E assim fomos falando. Acabei por colocar questões como "Como se sabe quando se chegou à estação de destino"? Muito simples: Reparando de que lado abrem as portas do comboio, no tempo entre cada estação, ou mesmo os solavancos da linha! Juro que às tantas eu não sabia entre que estações estávamos, mas ele soube dizer!
Foi uma viagem diferente. Fechar os olhos e sentir o mundo de uma outra forma... No final da viagem, obtive um sorriso sincero com um "gostei muito de ter conversado consigo"... Eu também!